Esse novo longa do diretor Stephen Daldry mantem a mesma linha de seus trabalhos anteriores, silencioso e com uma trilha sonora suave e delicada. O filme retrata a vida de uma mulher (vivida com delicadeza e brilhantismo por Winslet) analfabeta que se envolve com adolescente (o leitor do titulo vivido com ingenuidade por David Kross) e é acusada de participar do assassinato de 300 judeus na Segunda Guerra Mundial. Com uma história dessa em mãos seria dificil entregar um filme pelo menos bom, mas Daldry vai além ao discutir com delicadeza e elegância o tema fazendo o espectador de envolver com os personagens. Aliás esses muito bem defentidos por seus intérpretes, em especial Winslet que nos brinda mais uma vez com uma delicada e excelente atuação. Ela é a alma do filme, principalmente nos momentos finais emocionando quem a vê na tela. O roteiro é excelente e mereceu tomar a indicação quase certa de "O Cavaleiro das Trevas". A parte técnica do filme também é muito competente com uma trilha sonora eficiente, uma fotografia discreta e um figurino (da sempre ótima Ann Roth) eficaz. A única coisa quem tenho que criticar é a presença de Ralph Fiennes, nunca sua atuação convence fazendo com que o filme fique arrastado nos ultimos minutos com uma cena desnecessariamente longa. Fora isso o filme é mais um trabalho delicado do diretor de "Billy Elliot" e "As Horas" que cumpre o que prometia e não decepciona em quase nenhum momento. Mereceu as 5 indicações que teve ao Oscar.
Nota: 8,5
Por: Kadú Carvalho
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