domingo, 22 de fevereiro de 2009

DÚVIDA²


Em 1964, padre (Phillip Seymour Hoffman) é suspeito de abuso sexual numa escola católica regida por uma freira megera (Meryl Streep). No meio desse embate está a simpática Irmã James (Amy Adams), que ao contar suas suspeitas a personagem de Streep dá inicio à uma cruzada feroz para desvendar a verdade. Magistralmente interpretado esse filme dirigido pelo mesmo criador da peça e do roteiro John Patrick Shanley é um show de interpretações na forma mais bruta da palavra. Hoffman é o que menos me atraiu mas mesmo assim sua interpretação é feroz, Adams consegue passar a inocência da sua personagem de uma maneira tão sutil que é impossível não pegar uma simpatia por ela. Mas os grandes nomes do filme são: Meryl Streep e Viola Davis. A primeira não é novidade alguma estar estupenda, mas nesses ultimos anos nunca tinha visto uma Meryl Streep tão nervosa e sublime como vi nesse filme. O embate final entre ela e Hoffman é de fazer qualquer amante de cinema e das boas atuações pular da cadeira. Mas é Viola quem transmite numa única sequência toda a carga dramática que o filme exigia. É impossível não se emocionar com sua personagem e não se identificar com a dor da mãe que ela interpreta. Mas seria injusto só dar méritos ao elenco sendo que a base de todos esses conflitos está num roteiro rico em detalhes e situações que prendem a atenção do espectador. É impossivel não perceber o clima teatral do filme, principalmente devido as interpretações e à pouca mudança de locações, mas isso passa despercebido devido as outras qualidades do longa. No final percebemos que estamos com as mesmas dúvidas que os personagens possuem, isso graças ao trabalho em conjunto de diretor e elenco. Um filme pra ser discutido numa roda de amigos cinéfilos várias e várias vezes.

Nota: 8,5

Por: Kadú carvalho

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