terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O CURIOSO CASO DE BENJAMIN BUTTON




Desde a primeira vez em que ouvi falar que O Curioso Caso de Benjamin Button seria feito, fiquei muito ansioso, pois se tratava do novo filme de David Finsher no qual é um diretor acima da média, e o filme ainda teria a maravilhosa Cate Blanchett minha atriz favorita. Os primeiros traillers foram lançados e minhas espectativas para o filme só aumentavam, o que não é um bom sinal, pois toda vez que fico com muito espectativa em cima de um filme, ele me decepciona. Esse não foi o caso desse novo filme de David Finsher. O filme é simplesmente maravilhoso, um dos filmes mais sensiveis que eu já assisti. A começar pela direção minimalista, delicada e surpreendente de Finsher, ele não tem pressa em mostrar todos os personagens, mostrando todos os detalhes da produção. A fotografia é algo ainda a ser explicada. É inegável dizer que estamos diante de um dos melhores trabalhos de fotografia de todos os tempos. A cena em que a personagem de Cate Blanchett dança pra Benjamin é de se encher os olhos de tanta beleza. A direção de arte e os figurinos são de uma sutileza inigualável, a trilha está especialmente bem colocada no filme trazendo emoção no tempo certo. Mas são os efeitos visuais e a maquiagem que roubam a cena na parte técnica. Desde o primeiro minuto do filme ficamos boqueabertos com o estupendo trabalho de maquiagem, quando vemos a personagem de Blanchett deitada na cama de hospital totalmente velha. E os efeitos usados pra deixar Pitt velho e pequeno são de uma magnetude inquestionável. Mas falar apenas da parte técnica do filme é fazer desmerecer o estupendo trabalho de todo o elenco, a começar por Brad Pitt, de longe no melhor trabalho de sua carreira. Diferentemente do que dizem por ai, apesar dele se favorecer do excelente trabalho da maquiagem, Pitt dá um show, seja no olhar ou seja na fala do personagem, é incrível ver como ele está maravilhoso. A primeira parte do filme (diga-se de passagem maravilhosa e emocionante) é dele. Uma grande surpresa foi ver a sensivel e sincera atuação da maravilhosa Taraji P Henson, no papel da mulher que pega Benjamin pra criar, ela cada vez que passa no filme emociona de formas variadas. Mas é Cate Blanchett que ilumina o filme cada vez que passa. Sua atuação é excelente (isso não é novidade mais pra essa atriz estupenda) e sua personagem ajuda isso. Quando o filme vai chegando ao fim ela rouba todas as cenas pra si com uma competencia assustadora. O final do filme não é tão emocionante quanto eu esperava, mas isso não quer dizer que você não saia da sala de cinema pensativo e emocionado. Claro que boa parte da emoção do final se deve a Cate, mas depois de ter assistido quase duas horas e meia de filme, é impossivel não vir todo o filme na cabeça e te fazer lembrar a maravilha que você tava assistindo. Como falei, amei o filme não apenas por ele ser maravilhosamente interpretado e incrivel na parte tecnica, mas sim por ele ter superado minhas espectativas fazendo com que eu saisse da sala de cinema mais surpreendido do que ao entrar apenas por ter visto os trailler tempos atrás. Sim, O Curioso Caso de Benjamin Button tem tudo isso ai em cima, e com o tempo acho que encontrarei mais maravilhas no filme. E fico feliz em dizer que assisti a um dos melhores filmes que já vi na vida, e um dos melhores filmes do ano. Parabéns David Finsher por continuar nos surpreendendo cada vez mais com suas obras!

Nota: 9,5

Por: Kadú carvalho

Um comentário:

  1. Bem, sua crítica é bem aquém do esperado de alguém que se propõe a escrever sobre cinema. Primeiramente, você se baseia na sua opinião, no seu gosto, sem apresentar argumentos que comprovem ou não suas afirmações. Por exemplo: quando você tece elogios à direção de Fincher, você mal a explica, limita-se a dizer que ele mostra todos os detalhes da produção e desenvolve os personagens. E o que mais faz da direção dele algo tão excepcional? Se for só isso, meu caro, muitos outros diretores menores já fizeram isso muito bem. E quando você diz que "É inegável dizer que estamos diante de um dos melhores trabalhos de fotografia de todos os tempos". Tá, prove-me isso? Você se limita apenas a dissertar acerca da beleza da fotografia, o que não quer dizer tanta coisa assim. Se você for estudar fotografia cinematográfica, irá ver que além de beleza, a boa fotografia tem de ter conteúdo, relacionamento estético com a trama e com a proposta da direção, além de ser ferramenta para intensificar aquilo que o cineasta quer que o espectador sinta. Ao descrever o trabalho do elenco, você comete os mesmos erros. Limita-se a dizer a sua percepção sem prová-la convincentemente. Por que Pitt "dá um show"? Que técnicas ele usa? Quais seus diferentes desempenhos ao longo da evolução do personagem? Ou ele se mantém sempre o mesmo? Enfim, a crítica toda segue esse esquema falho que acabei de criticar, mas creio ser válido mais um exemplo: quando você diz que "isso não quer dizer que você não saia da sala de cinema pensativo e emocionado". Nunca diga isso, porque cada espectador pode receber emocionalmente o filme de maneiras diferentes. Outro ponto: você diz tanto que adorou o filme etc, mas nem ao menos discorre sobre o conteúdo da obra, as reflexões que esta propõe, suas originalidades, seus clichês. Ou seja, você cai no vício de boa parte da "crítica" brasileira, o vício do achismo, intensificado pela provável falta de conhecimento.

    OBS.: Além de tudo, há vários erros de pontuação, equívocos em relação à concordância com conjunções e/ou preposições e condenáveis marcas da oralidade e da falta de fluxo, que não podem ocorrer em um texto em linguagem formal.

    OBS 2.: Não quis ofendê-lo, nem chatiá-lo, nem coisas do tipo. Apenas expus pontos em que você precisa melhorar antes de sair por aí falando de cinema.

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