quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

MARLEY & EU



No ano passado passei por uma experiência incrível ao ler o livro Marley & Eu, biografia da vida do jornalista John Grogan, sua família e o cachorro deles, o Marley do título. Essa leitura foi incrível não por este ser um grande livro, mas por possuir um final simplesmente esplêndido e emocionante, que me fez soluçar a cada página virada. O livro foi um enorme sucesso e logo sabíamos que viraria um filme. Esse fato me despertou medo, pois achava que a adaptação não seria digna dessa emocionante história a ser contada. Após conferir o filme nos cinemas, meu veredicto é de que a adaptação foi digna, porém deve muito a seu material de origem. Na verdade, o básico está lá: a vida do casal, a compra do cachorro, a constituição de uma família, o crescimento na carreira profissional, e o tão aguardado final emocionante. Porém, senti falta de uma direção melhor ao filme, que devia mudar de acordo com as necessidades. Se de fato o que acontece na vida do casal e as travessuras do "pior" cachorro do mundo", como eles mesmos definem, é que movem o filme, o final devia está preocupado principalmente com a despedida do animal, mas senti uma conclusão apressada. Pior que chorei muito com a película, porém no livro essa emoção era triplicada, e não pude deixar de reparar o que foi perdido na transposição pra tela. Talvez por que o objetivo do filme era simplesmente divertir e emocionar, e não explorar valores e lições que a leitura nos traz. Como já muitos disseram: Filme é uma coisa, livro é outra. Desse ponto de vista, Marley é dignissimo. O elenco que poderia ser seu ponto fraco não decepciona. Owen Wilson defende seu protagonista muito bem, ao passo que Jennifer Aniston apresenta um desempenho até surpreendente, baseado no histórico da atriz. Chego até a afirmar que esse seja um dos seus melhores trabalhos. Alan Arkin é outro que se habituou a estar sempre ótimo, aqui em Marley & Eu não é diferente. Portanto, Marley & Eu é diversão somada a emoção, porém longe de ser o filme espetacular que poderia ter se tornado se tivesse sido tratado de uma outra forma.

Nota: 7,5

Por: Ícaro Carvalho

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